terça-feira, 12 de abril de 2011

A AMAZÔNIA E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Em função da grandiosidade do ecossistema, da variedade e diversidade dos recursos naturais, frágeis e ameaçados pela cobiça humana via- capitalismo, a Amazônia tornou-se o alvo predileto da política de desenvolvimento sustentável que possui tentáculos na região enraizados através de cientistas, pesquisadores, entidades civis e principalmente, organizações não governamentais, nacionais e estrangeiras.De certa forma, a preocupação e os supostos interesses fazem sentido, uma vez que a crise ambiental se alastra por todo o planeta, em ritmo acelerado e conseqüências assustadoras. A Amazônia seria,então, um dos últimos paraísos ecológicoscobiçados e parcialmente preservados

Parece simples, mas a questão é um pouco mais espinhosa e delicada cujos limites vãos além do aspecto ambiental,propagandeado pelo movimento ecologista. Por trásdo discurso preservacionista, das raras e discutíveis ações de sustentabilidade, há relações de poder, disputas comerciais, interesses obscuros e conflitantes em jogo.

O projeto de nação do país - será que ele existe- vê a Amazônia de forma míope, esteriótipada e preconceituosa,negando as condições necessárias para que o nosso desenvolvimento ocorra de forma sustentável. Por isso quem financia as pesquisas na a Amazônia é o capital estrangeiro injetado em empresas e ONGs que desejam converter nossa rica biodiversidade em produtos e lucros futuros.

Para atingir seus interesses tortuosos, os países desenvolvidos deram á questão ambiental um caráter geopolítico, adotando discursos e estratégias capazesde legitimar seus objetivos. Inicialmente questionaram a soberania do Brasil sobrea Amazônia, argumentando que se trata de um “patrimônio” da humanidade ameaçado por práticas predatórias.

Felizmente esse discurso caiu por terra frente ao direito internacional que reconhece nossa soberania sobre a Amazônia. Mas o intrigante e talvez engraçado é que esses novos defensores da natureza são os mesmos países que acabaram com suas florestas no passado.

Agora essas estratégias situam-seno campo do comércio internacional onde os países desenvolvidos tentam a todo custo criar barreiras protecionistas que impedem a entrada dos produtos provenientes dos países em desenvolvimento, alegando que são baratos e competitivos porqueseriam produzidos desrespeitando o meio ambiente.

Mesmo reconhecendo que se trata de mais um golpe baixo, não há como não reconhecer a força de seus argumentos, pois a estrutura produtiva brasileira, por exemplo, ainda carecede uma nova mentalidade, de melhorias técnicas e adaptações tecnológicas capazes de aliar desenvolvimento e proteção ambiental, um modelo econômico que respeite o homem, a Amazônia e suas peculiaridades.

Cremos que nosso país e região só serão verdadeiramente modernos e fortes suficientes para competir no mundo globalizado quando a educação for levada á sério e puder se traduzir em melhores escolas, universidades, centros de pesquisas... Enfim, em independência tecnológica, qualidade de vida e melhorias para o povo.

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