segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A pobreza dos ricos brasileiros - Cristovam Buarque

Em nenhum outro país os ricos demonstraram mais ostentação que no Brasil.

Apesar disso, os brasileiros ricos são pobres. São pobres porque compram sofisticados automóveis importados, com todos os exagerados equipamentos da modernidade, mas ficam horas engarrafados ao lado dos ônibus de subúrbio. E, às vezes, são assaltados, seqüestrados ou mortos nos sinais de trânsito.

Presenteiam belos carros a seus filhos e não voltam a dormir tranqüilos enquanto eles não chegam em casa. Pagam fortunas para construir modernas mansões, desenhadas por arquitetos de renome, e são obrigados a escondê-las atrás de muralhas, como se vivessem nos tempos dos castelos medievais, dependendo de guardas que se revezam em turnos.

Os ricos brasileiros usufruem privadamente tudo o que a riqueza lhes oferece, mas vivem encalacrados na pobreza social. Na sexta-feira, saem de noite para jantar em restaurantes tão caros que os ricos da Europa não conseguiriam freqüentar, mas perdem o apetite diante da pobreza que ali por perto arregala os olhos pedindo um pouco de pão; ou são obrigados a ir a restaurantes fechados, cercados e protegidos por policiais privados. Quando terminam de comer escondidos, são obrigados a tomar o carro à porta, trazido por um manobrista, sem o prazer de caminhar pela rua, ir a um cinema ou teatro, depois continuar até um bar para conversar sobre o que viram. Mesmo assim, não é raro que o pobre rico seja assaltado antes de terminar o jantar, ou depois, na estrada a caminho de casa. Felizmente isso nem sempre acontece, mas certamente, a viagem é um susto durante todo o caminho. E, às vezes, o sobressalto continua, mesmo dentro de casa.

Os ricos brasileiros são pobres de tanto medo. Por mais riquezas que acumulem no presente, são pobres na falta de segurança para usufruir o patrimônio no futuro. E vivem no susto permanente diante das incertezas em que os filhos crescerão. Os ricos brasileiros continuam pobres de tanto gastar dinheiro apenas para corrigir os desacertos criados pela desigualdade que suas riquezas provocam: em insegurança e ineficiência.

No lugar de usufruir tudo aquilo com que gastam, uma parte considerável do dinheiro nada adquire, serve apenas para evitar perdas.

Por causa da pobreza ao redor, os brasileiros ricos vivem um paradoxo:

Para ficarem mais ricos têm de perder dinheiro, gastando cada vez mais apenas para se proteger da realidade hostil e ineficiente. Quando viajam ao exterior, os ricos sabem que no hotel onde se hospedarão serão vistos como assassinos de crianças na Candelária, destruidores da Floresta Amazônica, usurpadores da maior concentração de renda do planeta, portadores de malária, de dengue e de verminoses. São ricos empobrecidos pela vergonha que sentem ao serem vistos pelos olhos estrangeiros.

Na verdade, a maior pobreza dos ricos brasileiros está na incapacidade de verem a riqueza que há nos pobres. Foi esta pobreza de visão que impediu os ricos brasileiros de perceberem, cem anos atrás, a riqueza que havia nos braços dos escravos libertos se lhes fosse dado direito de trabalhar a imensa quantidade de terra ociosa de que o país dispunha.

Se tivesse percebido essa riqueza e libertado a terra junto com os escravos, os ricos brasileiros teriam abolido a pobreza que os acompanha ao longo de mais de um século. Se os latifúndios tivessem sido colocados à disposição dos braços dos ex-escravos, a riqueza criada teria chegado aos ricos de hoje, que viveriam em cidades sem o peso da imigração descontrolada e com uma população sem miséria.

A pobreza de visão dos ricos impediu também de verem a riqueza que há na cabeça de um povo educado. Ao longo de toda a nossa história, os nossos ricos abandonaram a educação do povo, desviaram os recursos para criar a riqueza que seria só deles, e ficaram pobres: contratam trabalhadores com baixa produtividade, investem em modernos equipamentos e não encontram quem os saiba manejar, vivem rodeados de compatriotas que não sabem ler o mundo ao redor, não sabem mudar o mundo, não sabem construir um novo país que beneficie a todos. Muito mais rico seriam os ricos se vivessem em uma sociedade onde todos fossem educados.

Para poderem usar os seus caros automóveis, os ricos construíram viadutos com dinheiro de colocar água e esgoto nas cidades, achando que, ao comprar água mineral, se protegiam das doenças dos pobres.

Esqueceram-se de que precisam desses pobres e não podem contar com eles todos os dias e com toda saúde, porque eles (os pobres) vivem sem água e sem esgoto. Montam modernos hospitais, mas tem dificuldades em evitar infecções porque os pobres trazem de casa os germes que os contaminam. Com a pobreza de achar que poderiam ficar ricos sozinhos, construíram um país doente e vivem no meio da doença.

Há um grave quadro de pobreza entre os ricos brasileiros. E esta pobreza é tão grave que a maior parte deles não percebe. Por isso a pobreza de espírito tem sido o maior inspirador das decisões governamentais das pobres ricas elites brasileiras. Se percebessem a riqueza potencial que há nos braços e nos cérebros dos pobres, os ricos brasileiros poderiam reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Liberariam a terra para os trabalhadores rurais, realizariam um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto, contratariam centenas de milhares de professores e colocariam o povo para produzir para o próprio povo. Esta seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro! Os pobres que sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez.

Mas isso é esperar demais. Os ricos são tão pobres que não percebem a triste pobreza em que usufruem suas malditas riquezas.

Somos nômades do Universo, viajantes das vidas sucessivas, na busca do aperfeiçoamento.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

- Educar - Rubem Alves

- Educar -
“Educar é mostrar a vida
a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!”
- e, ao falar, aponta.
O aluno olha na
direção apontada e
vê o que nunca viu.
Seu mundo
se expande.
Ele fica mais
rico interiormente...”
“E, ficando mais rico interiormente,
ele pode sentir mais alegria
e dar mais alegria -
que é a razão pela
qual vivemos.”
Rubem Alves

domingo, 7 de dezembro de 2008

Azul

"Alguma coisa muito bela vai acontecer na cidade, porque a estrela tem música e o céu está perfumado nestas noites claras em que os anjos passam apressados no azul. E o azul é mais azul e a luz é mais luz. Deve ser tempo de nascer esperança."

(Alcy Araújo)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

SALUDOPÁ, um sonho da cultura em Santa Luzia do Pará.

"Uma análise sobre a cultura luziense, por Naldo Blandtt"

A Amazônia é uma das referências culturais no Brasil, e este é uma excelência no planeta. A música, a poesia, a dança e o cunho artístico desse conjunto são conhecidos e admirados no mundo, como o samba (e derivados como pagode, samba de roda, samba romântico), a bossa nova (música popular brasileira e manifestações regionais), o forró (e derivados como quadrilha, xote, chorinho), e muitos outros como axé baiano, frevo, maracatu e sertanejo.

No Pará o conjunto artístico entre música, poesia e dança é conhecida tradicionalmente através do carimbó (de origem indígena na área da região do Salgado paraense), do siriá (de origem indígena na região de Cametá) da marujada bragantina (retumbão, mazurca, chorado, roda-dança, xote, valsa e outros, uma herança dos escravos negros), do çairé (da mesclagem entre índios, negros e portugueses em Santarém que tem referência a dança do Boto Rosa e Boto Tucuxi), da Lambada (uma tradição cabloca de Abaetetuba, que se manifestou no Brasil e no mundo na década de 90 e tem sua origem no rítmo de sambão e mexixe), do Lundu (uma manifestação sensual herdada dos escravos na ilha do Marajó), MPP (musica popular paraense, um derivado de bossa nova com respaldo nas poesias sobre a Amazônia), e o Brega, uma manifestação moderna do conjunto artístico dança, poesia e música em Belém, com herança entre a guitarrada, o carimbó e a lambada, hoje já se manifesta em todo o Brasil, e também nos Estados Unidos, Europa e Japão, mas conhecido como calypso, por preconceito ao nome brega representando uma derivação do merengue caribenho.

Conceituando o brega/calypso na indústria da diversão, é música diretamente ligada ao iê-iê-ie, combinada com o bolero, tango e baião, de forte apelo sentimentalista, feita em série e vendida em massa para diversão, estilo musical caribenho, geralmente improvisado, cheio de humor e ironia. Dança e rítmo originário da Jamaica. Gênero de música popular improvisada e cantada pelos naturais de Trinidad Tobago, no Caribe. Uma das conseqüências do brega/calypso paraense é a caracterização da cidade de Belém como uma ilustre representante do ritmo latino caribenho no Brasil.

O cunho artístico é uma manifestação cultural fundamental para valorizar a raça, a beleza, o comportamento social sobre cidades e/ou regiões, se caracteriza pela identidade cultural e artística muito significativa para respaldar a diversidade do Brasil. O que se manifesta são as sobreposições culturais, quando uma região não consegue fundamentar sua identidade cultural.

As sobreposições culturais interferem na identidade social do local e sua significância socioeconômico quando um sistema cultural é apenas receptor da diversidade artística. Naturalmente, um fundamento sistêmico da cultura é a herança histórica da arte e sua diversidade plurenatural entre raças, religiões, sexo e sensualidade entre outros.

O município de Santa Luzia do Pará, recém criado, caracteriza-se pela sobreposição da diversidade cultural, haja vista que é povoado por intermédio de raças paraense, maranhense e cearense entre outras. Contudo, por incentivo da Escola Florentina Damasceno em 1992, através das professoras Benedita Saldanha e Olímpia da Luz (in memorian), uma turma de alunos da primeira série do ensino médio, exercitaram uma alternativa de manifestação artística, para que o município tivesse uma identidade cultural voltada para a valorização local, assim nascia o SALUDOPÁ, que significa SA de Santa LU de Luzia, DO de do e do Pará.

O SALUDOPÁ se manifestou de forma impactante para a cultura local naquele momento histórico. Recebeu críticas, elogios, sugestões e até concorrente, o que demonstrava a sua excelência artística e possibilidade de gerar a primeira manifestação da cultura local.

A musicalidade do SALUDOPÁ é uma composição entre o carimbó e a lambada, formada por casais que se manifestam dançando em coreografia sistêmica da sensualidade em conjunto, onde um passo de dança é tradicional, porém se deriva em outros passos, que enriquecem ainda mais a sensualidade da dança entre um homem e uma mulher.

Uma influência significativa do SALUDOPÁ é a manifestação religiosa cristã, como uma homenagem à italiana Luzia (da ilha de Secília, na província de Siracusa), reconhecida pelo Vaticano como Santa, onde em todas as manifestações do SALUDOPÁ uma representação era suspensa ou elevada às alturas, o que se refere à tentativa de pessoas tentarem levantar a italiana Luzia, que foi violentada pela devoção a Jesus Cristo.

O SALUDOPÁ é uma compensação desse fato, mais agora, pelo reconhecimento da fé cristã, esta pode ser elevada e girada nos altos, especificamente com a bandeira de representação oficial do município de Santa Luzia do Pará.

A poesia da música do SALUDOPÁ referenda uma manifestação local, que busca letras de homenagem e orgulho ao município e referencia a beleza da mulher luzense, vejam:

- “SALUDOPÁ é uma dança típica do lugar”...“SALUDOPÁ é uma dança de Santa Luzia do Pará”.

A manifestação do SALUDOPÁ foi um desafio para essa primeira turma de jovens estudantes da Escola Florentina Damasceno, mas recebeu um intercâmbio de vários outros artistas locais, tanto aqueles músicos, cantores, dançarinos e até mesmo políticos da época que incentivaram a sucessão do SALUDOPÁ.

A cada ano que passava a partir de 1992, as manifestações da referida dança se fortaleciam e melhoravam as apresentações artísticas tornando-se a principal manifestação cultural do município, e com isso, um sonho foi criado: que o SALUDOPÁ deixasse de ser uma manifestação escolar e se tornasse o FESTIVAL DO SALUDOPÁ, que aconteceria no mês de dezembro durante a festa religiosa de Santa Luzia e aniversario de emancipação política do município. Porém esse sonho nunca se realizou fazendo com que o SALUDOPÁ fosse adormecendo, ficando esquecido pela maioria mas muito presente na memória daqueles que o conhecem e amam Santa Luzia do Pará.

Os sonhos são atributos fundamentais, em especial os sonhos que pensam o bem e se manifestam para esse favor. O SALUDOPÁ é um sonho fundamental para a cultura do nosso município, pois representa uma manifestação na mesclagem da diversidade artística e cultural, outrossim, uma manifestação da nossa identidade sócio-cultural.

A história da arte sistêmica entre música, dança e poesia no Pará é um dos alicerces brasileiros e suas influências na globalização artística, e o SALUDOPÁ pode ser um fundamento desse sistema. Basta a sociedade luziense acreditar, desejar e realizar esse sonho.

NALDO BLANDTT

Um dos fundadores e principal dançarino do SALUDOPÁ na época.

Atualmente Naldo Blandtt é gerente social da Vale e doutorando em "Políticas Sociais" pela Universidade de Berlin - Alemanha.

Vídeo - Oficinas Pedagógicas da SEDUC para o Ensino Médio Integrado

Realizadas em Capitão Poço, no período de 18 a 22 de novembro no núcleo da UFPA, as "Oficinas Pedagógicas" da SEDUC - para um Ensino Médio Integrado, tiveram como participantes os professores Antonio Moura, Adelane, Débora Araújo, Flavio, Lucieth, Mª Luíza, Patrícia e Reinaldo.

Abaixo um vídeo com algumas fotos do encontro. Para vê-lo clique no play, espere carregar e depois é só assistir.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Drummond


Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprendede ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.
Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia.
Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor. Como é bom ter uma alma perfumda em nossas vidas!
Jesus, que perfume maravilhoso era o da minha mãe.
Que Deus a tenha bem pertinho D' ele.
(Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

LIQUIDIFICANDO CONCEITOS

Você já parou para pensar sobre a quantidade de "MOIRÕES DE CERCA", dividindo as propriedades, contingenciando os gados, etc... que há em nosso imenso país?
Há moirões de braúna (mais comum), de "madeira branca" (nativa), de eucalipto (menos comum), de "coração de nego", de "louro graveto", etc...
É verdadeiramente um contra-senso aceitar tal situação nos dias atuais em que, nas escolas , quando um aluno amassa um papel usado, impõe-se-lhe um sentimento de culpa por desperdício, comparando a quantidade de árvores necessárias para se produzir aquela folha de papel ofício que o aluno amassou. E não satisfeitos ensinam-lhe a liquidificalizar o "lixo escolar" no sentido de conscientizá-lo para o reaproveitamento do danado do papel amassado.
Porém é nesse papel que se amassa e joga fora, onde provavelmente surgirá escrito um projeto alternativo de uso de moirões de cerca, que não sejam de madeira, mesmo que para isso seja necessário consumir algumas folhas como rascunhos.
Professores: Que tal liquidificalizar os nossos parâmetros...

FONTE - GEOCITIES

6º Desafio

Corte uma torta em 8 pedaços, fazendo apenas 3 movimentos (3 cortes).

5º Desafio


COLOQUE OS NÚMEROS 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 E 9 DISPOSTOS NAS 9 CASAS DE UM TABULEIRO DE JOGO DA VELHA DE MANEIRA QUE A SOMA DOS 3 ALGARISMOS DE QUALQUER RETA E QUALQUER DIAGONAL RESULTE 15.

4º - Desafio Matemático

EU TENHO O DOBRO DA IDADE QUE TU TINHAS QUANDO EU TINHA A TUA IDADE. QUANDO TU TIVERES A MINHA IDADE, A SOMA DAS NOSSAS IDADES SERÁ DE 45 ANOS. QUAIS SÃO AS NOSSAS IDADES???

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

3 x 4

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EDUCAÇÃO É PRIORIDADE? SER OU NÃO SER PROFESSOR... EIS A QUESTÃO.

O principal agente formador e transformador da sociedade é o professor. Desnecessário dizer da importância desse profissional para o crescimento de uma nação. Sem uma Educação sólida, que valorize o professor, nunca seremos um país economicamente forte e socialmente justo. No Brasil estamos muito longe de atingir esse patamar. E pelo andar da carruagem muitas luas inda passarão. Vejamos os dados seguintes.

O salário médio do professor brasileiro em início de carreira é o terceiro mais baixo em um total de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento comparados em um estudo da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Segundo o estudo, apenas Peru e Indonésia pagam salários menores aos seus professores.

Para chegar a esses valores a Unesco utilizou dados relativos ao ano de 1999. Os valores foram calculados em dólares americanos considerando o PPP (sigla em inglês para poder de paridade de compra). Esse indicador leva em conta o custo de vida em cada país. Por isso, o salário em dólar de um professor, segundo o estudo, não pode simplesmente ser convertido para real com base na cotação oficial."A formação dos educadores é praticamente feita por eles mesmos. Quem ganha tem de assumir até três empregos e não pode se dedicar. Há relação direta entre salário do professor e desempenho dos alunos", diz Juçara Dutra Vieira, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. Em São Paulo o acúmulo de aulas em escolas públicas chega a 64 aulas semanais.

No caso da relação aluno/professor, o estudo citou também dados de países muito pobres. Em alguns deles, como Congo, Moçambique e Senegal, a relação chega a 70 alunos para cada professor.

Os autores do estudo citam como um problema comum em quase todos os países o aumento da relação aluno/professor em sala de aula. Esse e outros fatores, segundo a Unesco, contribuem para a decadência das condições de trabalho e desestimula a formação de novos professores.

Se continuarmos a tratar o PROFESSOR da mesma maneira como historicamente ele vem sendo tratado em nosso país, a tendência da profissão será se tornar cada vez menos atrativa. HOJE... o que nos motiva a ser professor? Dom, quem sabe? Necessidade? Talvez. Paixão? Sofrida.Será que esse país um dia valorizará o PROFESSOR como ele merece? EIS A QUESTÃO.

Feira de Ciências

VII FEIRA DE CIÊNCIAS, CULTURA E ARTES DA ESCOLA FLORENTINA - NÍVEIS FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETOS

5ª A – Profª Denise – O mundo das letras;
6ª A – Profª Lindalva e Maria das Dores – Preconceito
6ª B – Profª Orlete e Maria Luíza – Biopirataria;
6ª C – Profª Gisele e Cristina – A Língua Portuguesa através dos jogos Eletrônicos;
7ª A – Profª Lucinéia – 100 Anos da emigração japonesa;
7ª B – Profª Antonia Batista – Geometria;
8ª A – Profº Leivinho – A Constituição do Espaço Geográfico;
8ª B – Profº Flávio – A Linguagem do Corpo.
8ª C – Profº Moura – Invenções matemáticas.

1ª A e B da manhã – Profª Maria Luiza – Sabão Ecológico;
1ª A da Tarde – Profª Silvânia -
1ª C da Tarde – Profª Lucinéia – Jornal;
1ª D da Tarde – Profª Fernando – Circulação Sanguínea;
2º A e D da Tarde – Profª Fátima - Química das Emoções;
2º B da Tarde – Profª Elany – Globalização e Fragmentação;
2º C da Tarde – Profª Betânia – Trigonometria
2º E da Tarde – Profª Patrícia – Beléns
3º A da Tarde – Profº Flávio – A história e a Evolução da Escrita
3º B e C da Tarde – Profª Débora – Propagando Idéias.

1ª A e B da Noite – Profª Elany – As Desigualdades Sociais no Campo;
3º A e B da Noite – Profº Moura – Invenções Matemáticas e Geometria;
1ª Etapa da EJA A e B – Profª Lucieth – Museu da Língua Portuguesa;
2ª Etapa da EJA B – Profª Elisssandra

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Para refletir

QUEM É VOCÊ?

Uma mulher agonizava. Teve a sensação de que estava sendo levada para o céu e apresentada diante do tribunal.
- Quem é você? - disse uma voz.
- Sou esposa do Prefeito - respondeu ela.
- Perguntei quem é você; não com quem está casada.
- Sou mãe de quatro filhos.
- Perguntei quem é você; não quantos filhos você tem.
- Sou a professora da escola.
- Perguntei quem é você; não qual é a sua profissão.
E assim sucessivamente, fosse qual fosse a resposta, parecia que nunca era satisfatória para a pergunta:
- Quem é você?
- Sou uma cristã.
- Perguntei quem é você, não qual a sua religião.
- Sou a pessoa que ia todos os dias a igreja e ajudava os pobres e necessitados.
- Perguntei quem é você, não o que fazia.
Evidentemente, a mulher não conseguiu passar pela prova, motivo pelo qual foi enviada novamente a terra. Mas, quando se recuperou de sua doença,tomou a decisão de averiguar quem era, e tudo foi muito diferente.

Anthony de Mello

Cinema Nacional


Confira a lista completa dos vencedores do Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro: 2008

Assista Filmes!

Valorize o cinema nacional. Através do cinema você consegue conhecer a história de um povo, seus costumes e cultura. Viva a sete Arte.

Longa-Metragem de Ficção – “O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias”, de Cao Hamburger Longa-Metragem de documentário – “Santiago”, de João Moreira Salles

Longa-Metragem de animação – “Wood e Stock, Sexo, Orégano e Rock’N’Roll, de Otto Guerra Diretor – José Padilha ("Tropa de Elite")

Atriz – Hermila Guedes ("O Céu de Suely") Ator – Wagner Moura ("Tropa de Elite") Atriz coadjuvante – Silvia Lourenço ("O Cheiro do Ralo") Ator coadjuvante – Milhem Cortaz ("Tropa de Elite") Direção de fotografia – Lula Carvalho ("Tropa de Elite") Direção de arte – Cássio Amarante ("O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias")
Figurino – Kika Lopes ("Zuzu Angel") Maquiagem – Martín Macias Trujillo ("Tropa de Elite") Efeito especial – Phil Neilson e Bruno Van Zeebroeck ("Tropa de Elite") Trilha sonora – Cartola ("Cartola, Música Para os Olhos") Som – Leandro Lima, Alessandro Laroca e Armando Torres Jr. ("O Cheiro do Ralo") Montagem de Ficção – Daniel Rezende ("Tropa de Elite")

Montagem de documentário – Eduardo Escorel e Lívia Serpa ("Santiago")

Roteiro original – Claudio Galperin, Cao Hamburger, Braúlio Mantovani e Anna Muylaert ("O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias")

Roteiro adaptado – Heitor Dhalia e Marçal Aquino ("O Cheiro do Ralo")

Longa-Metragem estrangeiro – “A Vida dos Outros”, de Florian Henckel Longa-Metragem de ficção nacional e estrangeiro pelo o voto popular – “Tropa de Elite”, de José Padilha

Curta-Metragem de ficção – “Beijo de Sal”, de Felipe Barbosa

Curta-Metragem de documentário – “A Cidade e o Poeta”, de Luelane Côrrea

Curta-Metragem de animação – “Vida Maria”, de Márcio Ramos