terça-feira, 2 de dezembro de 2008

EDUCAÇÃO É PRIORIDADE? SER OU NÃO SER PROFESSOR... EIS A QUESTÃO.

O principal agente formador e transformador da sociedade é o professor. Desnecessário dizer da importância desse profissional para o crescimento de uma nação. Sem uma Educação sólida, que valorize o professor, nunca seremos um país economicamente forte e socialmente justo. No Brasil estamos muito longe de atingir esse patamar. E pelo andar da carruagem muitas luas inda passarão. Vejamos os dados seguintes.

O salário médio do professor brasileiro em início de carreira é o terceiro mais baixo em um total de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento comparados em um estudo da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Segundo o estudo, apenas Peru e Indonésia pagam salários menores aos seus professores.

Para chegar a esses valores a Unesco utilizou dados relativos ao ano de 1999. Os valores foram calculados em dólares americanos considerando o PPP (sigla em inglês para poder de paridade de compra). Esse indicador leva em conta o custo de vida em cada país. Por isso, o salário em dólar de um professor, segundo o estudo, não pode simplesmente ser convertido para real com base na cotação oficial."A formação dos educadores é praticamente feita por eles mesmos. Quem ganha tem de assumir até três empregos e não pode se dedicar. Há relação direta entre salário do professor e desempenho dos alunos", diz Juçara Dutra Vieira, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. Em São Paulo o acúmulo de aulas em escolas públicas chega a 64 aulas semanais.

No caso da relação aluno/professor, o estudo citou também dados de países muito pobres. Em alguns deles, como Congo, Moçambique e Senegal, a relação chega a 70 alunos para cada professor.

Os autores do estudo citam como um problema comum em quase todos os países o aumento da relação aluno/professor em sala de aula. Esse e outros fatores, segundo a Unesco, contribuem para a decadência das condições de trabalho e desestimula a formação de novos professores.

Se continuarmos a tratar o PROFESSOR da mesma maneira como historicamente ele vem sendo tratado em nosso país, a tendência da profissão será se tornar cada vez menos atrativa. HOJE... o que nos motiva a ser professor? Dom, quem sabe? Necessidade? Talvez. Paixão? Sofrida.Será que esse país um dia valorizará o PROFESSOR como ele merece? EIS A QUESTÃO.

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