domingo, 25 de janeiro de 2009

Você sabe o que é tautologia?

É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. O exemplo clássico é o famoso "subir para cima" ou o "descer para baixo". Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir:

- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exata
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- superávit positivo
- todos foram unânimes
- conviver junto
- fato real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planejar antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a última versão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito

Note que todas essas repetições são dispensáveis. Por exemplo, "surpresa inesperada". Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não. Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia. Verifique se não está caindo nesta armadilha.

Matemática de cozinha não vai a escola

Caro leitor, nessa postagem quero lhe falar sobre algo de que gosto bastante: Matemática, ou melhor, Etnomatemática. Ah! Não faça essa cara, e nem se vá para outro blog. Espere! Não vou falar da hermética Matemática acadêmica, ou da mística Matemática Divina (sim, há uma, sabia?). Falarei da Matemática que você emprega nas coisas simples do seu cotidiano, mas nem se dá conta, como aquilo que denomino “Matemática de cozinha”. Já observou quantos conhecimentos matemáticos são necessários para preparar um bolo, uma lasanha, um pão caseiro, um Cassoulet ou Ratatouille? Dia desses provei para a minha empregada, enquanto ela preparava uma caldeirada, o quanto ela sabia de Matemática. A nossa cozinha sempre esteve rica de Matemática e mal percebemos, talvez porque essa Matemática não seja valorizada pela escola.

O fato é que, para preparar qualquer prato, assim como comprar os ingredientes, é necessário conhecer e empregar algumas unidades de medidas, como o Grama e o Litro. Mas há outras que utilizamos diariamente sem a cerimônia acadêmica dessas duas. São as unidades de medida não convencionais, que fazem parte do que chamamos Matemática Cultural, Matemática Materna ou Etnomatemática. Etnomatemática é um conceito criado pelo eminente matemático brasileiro Ubiratan D’Ambrosio.

Você já deu "uma tragada"? Num cigarro, claro! (Desculpe, eu sou antitabagista, mas é apenas a título de exemplo, certo?). Já tomou "um gole", já usou uma "pitada de sal", um "fio de óleo", "um punhado" de farinha? Já comprou uma “mão de milho”? Pois, então, já empregou essas unidades não convencionais. E se buscar com cuidado, acabará encontrando outras unidades para medir quantidade, massa, volume, área, comprimento e tempo típicas de sua região.

É o caso de algumas curiosas unidades de medidas encontradiças nas muitas comunidades ribeirinhas do Pará, tanto em corriqueiras transações comerciais quanto em atividades de plantio, colheita, pesca, fabricação de instrumentos. Quando cheguei aqui achava estranho ouvir alguém dizer, por exemplo, que vendeu dez rasas de açaí; que comprou um frasco - ou um paneiro - de farinha; que comprou um litro de camarão, uma pêra - ou um cofo - de caranguejo, uma mão de milho; que tem uma tarefa para roçar, que plantou uma carreira de eucalipto, que tem “uma linha de arroz para apanhar”, que viu “uma sucuri com 16 palmos de pé”.

Inspirado em Ubiratan D’Ambrosio, este blogueiro concebe “a disciplina matemática como uma estratégia desenvolvida pela espécie humana ao longo de sua história para explicar, para entender, para manejar e conviver com a realidade sensível, perceptível, e com o seu imaginário, naturalmente dentro de um contexto natural e cultural” (1996, p.7). No entanto, é preciso esclarecer o conceito de realidade que estamos empregando: “here we understand reality in its broadest sense (i.e. natural, physical and emotional, into which the individual is immersed) and individual as an element of this reality wich, being part of it, performs inteligent actions, which will reflect upon this reality” (D’AMBROSIO, 1985, p.15).

Nessa teia do fazer cotidiano em que o indivíduo está imerso, e que constrói e reconstrói incessantemente, despontam vez ou outra alguns nós que revelam particularidades na relação do sujeito com o todo circundante, e ao observá-los podemos identificar as ferramentas (cognitivas, dialógicas ou concretas) que ele cria ou se apropria, na tentativa de entender, explicar, problematizar e propor soluções. E as relações entre as práticas sócio-culturais e a matemática oral ou dialógica, seja dos caboclos ribeirinhos, seja dos feirantes no Ver-O-Peso, seja do lavrador, do pedreiro ou da minha empregada, se evidenciam nesses elementos nodais.

Entretanto, a tese que norteia nossa ação pedagógica deve ser a de que o conhecimento matemático resulta das interlocuções estabelecidas pelo homem com os elementos culturais do contexto no qual é produzido. Quando assumido como linguagem, esse conhecimento torna-se um recurso fundamental no exercício de leitura da realidade, voltado à elaboração de soluções dos problemas cotidianos na caminhada pela melhoria da qualidade de vida. É preciso levar a Matemática da cozinha para a escola.

Autor: Franz Kreuther Pereira
[Licenciado Pleno em Física (UNIG/RJ), Especialista em Educação e Problemas Regionais (1993-UFPA); Especialista em Informática Educativa (1997-UEPA) e Mestre em Educação, Ciências e Matemáticas (2005-NPADC/UFPA)].

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Uma bela história e um belo exemplo

Eis uma história que nem todos conhecem, mas que tem o condão de nos remeter a uma reflexão profunda se precisamos mesmo conviver com a rivalidade.

Refere-se a dois dos três maiores tenores que encantaram o mundo, cantando juntos.Mesmo quem nunca visitou a Espanha, conhece a rivalidade entre catalães e madrilhenos, desde que os catalães lutam pela autonomia numa Espanha dominada por Madri.Pois bem: Plácido Domingo é madrilheno, José Carreras é catalão.

Devido a questões de ordem política, em 1984, Carreras e Domingo tornaram-se inimigos. Sempre muito solicitados em todo o mundo, ambos faziam questão de exigir e exibir, nos contratos firmados, que só atuariam em determinado espetáculo se o adversário não fosse convidado.

Em 1987, Carreras foi surpreendido por um inimigo muito mais implacável que o seu rival, Plácido Domingo; num diagnóstico assustador e terrível, tomou conhecimento que era portador de leucemia.

A sua luta contra o câncer foi muito sofrida e difícil, tendo se submetido a diversos tratamentos, a um transplante de medula óssea, além de uma mudança de sangue, que o obrigava a viajar mensalmente até os Estados Unidos.

Nessas circunstâncias, viu-se impossibilitado de trabalhar e, apesar de dono de uma fortuna razoável, os elevadíssimos custos das viagens e dos prolongados tratamentos logo dilapidaram suas finanças, seu patrimônio.

Quando não tinha mais condições financeiras e as esperanças esvaiam-se, tomou conhecimento da existência de uma “fundação”, em Madri, cuja finalidade era apoiar o tratamento dos doentes com leucemia.

E assim, graças ao apoio da “Fundação Formosa”, Carreras venceu a doença e voltou a cantar. Voltou, conseqüentemente, a receber os altos cachês que merecia e, em reconhecimento, resolveu associar-se à “Fundação Formosa”.

E foi aí, ao ler seus estatutos, que descobriu, perplexo, que o seu fundador, maior colaborador, mantenedor e presidente era, ninguém menos, que Plácido Domingo.

Depressa, soube que Domingo havia criado a “fundação” para ajudá-lo e que se tinha mantido no anonimato para que ele não se sentisse humilhado em aceitar o auxílio de um “inimigo”.

Mas, o mais comovente foi o encontro dos dois: surpreendendo Plácido Domingo num dos seus concertos, em Madri, Carreras interrompeu a atuação deste, subindo ao palco e, humildemente, ajoelhando-se a seus pés, pediu-lhe desculpas e agradeceu-lhe publicamente.

Plácido, emocionado, o ajudou a levantar-se e com um forte abraço selaram o início de uma grande amizade.

Mais tarde, intrigado, um jornalista perguntou a Plácido Domingo porque criara a “Fundação Formosa”, num gesto que, além de ajudar um “inimigo”, ajudava e reabilitava, também, o único e potencial artista que poderia fazer-lhe concorrência.

A sua resposta foi curta, incisiva e definitiva: “Porque uma voz como aquela não poderia perder-se”.

Esta é uma história real da nobreza humana, da amizade verdadeira, e deveria servir-nos de inspiração e exemplo.

(Autor desconhecido)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Seduc chama 1.658 concursados

Diário do Pará, edição deste domingo 18 de janeiro.

A Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) realizou a segunda convocação do concurso público C-130, com a chamada de 1.658 aprovados. Os nomes dos novos servidores da rede pública estadual de ensino foram publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) de ontem.

Foram chamados 1.058 para o cargo de Assistente Administrativo e 600 para o de Auxiliar Operacional. Os novos servidores atuarão em Belém e nas 20 Unidades Seduc na Escola (USE’s), as quais somam mais de 1.200 escolas em todos os 143 municípios.

Uma carta será enviada pela Secretaria de Estado de Administração (Sead) ao servidor convocado com informações sobre que procedimentos o concursado deve adotar até o dia de sua posse. O servidor terá trinta dias para tomar posse a contar da data de sua nomeação. Após realizar todos os exames exigidos na carta e com a documentação indicada, o servidor deverá se encaminhar à Gerência de Capacitação de Pessoal (GCAP) da Seduc.

O concurso C-130 foi realizado no dia 24 de fevereiro do ano passado. O certame abriu 5.921 vagas para cargos de nível médio e fundamental em diversas funções: motorista, vigia, servente, merendeira, assistente administrativo, auxiliar operacional e assistente de infraestrutura. A primeira convocação do concurso foi realizada no dia 4 de dezembro do ano passado, quando 1.596 aprovados foram chamados.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Belém, Pará, Brasil - Nilson Chaves

"Vão destruir o ver o peso e construir um shopoping center
Vao derrubar o Palacete Pinho pra fazer um condomínio
Coitada da Cidade Velha que foi vendida pra Hollywood
Pra ser usada como um albergue num novo filme do Spielberg

Quem quiser venha ver
Mas so um de cada vez
Não queremos nossos jacarés
Tropeçando em vocês

A culpa é da mentalidade
Criada sobre a região
Por que que tanta gente teme ?
Norte não é com "M"
Nossos índios não comem ninguém
Agora é so hamburger
Por que ninguém nos leva a sério ?
Só o nosso minério ?

Quem quiser venha ver
Mas so um de cada vez
Não queremos nossos jacarés
Tropeçando em vocês

Aqui agente toma guaraná quando não tem coca-cola
Chega das coisas da terra que o que é bom vem lá de fora
Transformados até a alma sem cultura e opinião
O Nortista só queria fazer parte da nação
Ah, chega de malfeituras
Ah, chega de triste rima
Devolvam a nossa cultura
Queremos o Norte lá em cima
Porque, onde já se viu ?
Isso é Belém"

Composição: Edmar Rocha

Reflexão

As vezes acontece com a gente!
Certo dia uma moça estava à espera de um vôo na sala de embarque de um aeroporto.Como ela deveria esperar por muitas horas resolveu comprar um livro para matar o tempo.Também comprou um pacote de biscoitos.Então ela achou uma poltrona numa parte reservada do aeroporto para que pudesse descansar e ler em paz.Ao lado dela se sentou um homem.Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem também pegou um.Ela se sentiu indignada, mas não disse nada.Ela pensou para si: Mas que "Cara de pau".Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse.A cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um.Aquilo à deixava tão indignada que ela não conseguia reagir.Restava apenas um biscoito e ela pensou: o que será que o "abusado" vai fazer agora?Então o homem dividiu o biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela.Aquilo à deixou irada e bufando de raiva.Ela pegou o seu livro e as suas coisas e dirigiu-se ao embarque.Quando sentou confortavelmente em seu assento, para surpresa dela o seu pacote de biscoito estava ainda intacto, dentro de sua bolsa.Ela sentiu muita vergonha, pois quem estava errada era ela, e já não havia mais tempo para pedir desculpas.O homem dividiu os seus biscoitos sem se sentir indignado, ao passo que isto lhe deixara muito transtornada. Quantas vezes em nossa vida nós é que estamos comendo os biscoitos dos outros, e não temos a consciência de que quem está errado somos nós??!!!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Belém - 393 anos

“Muitas árvores” é o título de uma crônica de Eneida de Moraes que integra o livro “Aruanda”, de sua autoria.

Eram de mármore branco as escadarias que subíamos e descíamos correndo, na casa-grande onde nascemos – o nosso mundo – cercado de jardins e, aos fundos, o imenso quintal. As escadas brancas nos levava para outro país, para a rua, aquela pacata rua chamada Benjamim Constant, em Belém do Pará, que para nós parecia apenas um trecho sem importância, diante de nosso mundo povoado de tanta gente, muitas árvores.

Ao começo julgávamos que aquela rua fosse apenas o pequeno trecho da esquina da São Jerônimo à Dr. Morais. Com o decorrer dos dias fomos descobrindo novos fragmentos e outros, ainda outros, até que tomamos conta da realidade que nos pareceu comovedora: aquela rua que pensáramos nossa e pequenina era imensa, começava muito longe, muito, entre capina e acabava mais longe, no Reduto.

Uma rua enorme, larga, muito povoada. Ficamos tremendamente alegres com a descoberta. Então não éramos só nós e as nossas, nossos amigos e nossos jogos? Bem perto, um “cordão de pastorinhas” chamado “Filhas da Flora” ensaiava em maio para o junho festivo. (Meu irmão mais moço sonhava ser pastor um dia; mas isso foi muito mais tarde, e quando conseguiu o papel num pastoril especialmente criado para ele, fracassou inteiramente como ator. Tinha que dizer apenas dois versos; nunca o conseguiu).

Uma rua tão cheia de gente com trehcos pobres, outros muito mais pobres, pedaços mal calçados, outros sem calçamento. Uma rua enorme, muito povoada, e dentro dela, branco, elegante, solene mesmo, aquele palacete onde nascemos.

Satisfeitos em saber que a rua era um grande bem coletivo, começamos a trazer para o nosso quintal todos os garotos da redondeza. Foi instalado um futebol, havia uma hora em que minha mãe, penalizada de tanto esforço dos meninos, mandava servir laranjada ou leite gelado para os mais fraquinhos.

O quintal era o nosso feudo. Ao fundo aquela senhora vegetal tão gorda, tão grande que só ela marcava uma enorme sombra no quintal imenso: a mangueira, a velha mangueira, única árvore que, pela imponência e dignidade do porte, merecia nosso respeito. As outras – abieiros, cajueiros, goiabeiras e a caramboleira – todas as outras eram nossas irmãs e companheiras de travessuras, compartilhavam de nossas ingênuas descobertas.

A caramboleira; sobre ela instalamos um posto de observação muito eficaz. Com ela controlávamos a rua, atacávamos os inimigos, fiscalizávamos – sim, principalmente fiscalizávamos – uma vizinha, a Sinhazinha, preparando seus doces para vender. Quando os tabuleiros de sequilhos saíam do forno, Sinhazinha sabia que estávamos à espera. Gritava:

- Venham logo, meninos doidos.- Onde estão esses meninos?

- Com certeza na caramboleira; ainda não é hora da Sinhazinha tirar os doces do forno.

Não posso precisar hoje quem promovia esse diálogo, mas posso asseverar que a voz mais doce e a mais cheia de cuidados era de minha mãe velando pelos nossos destinos, como um grande amor alado. Que outra coisa ela foi?

Da caramboleira atacávamos pessoas de nossa particular antipatia. Por exemplo: certo pintor da vizinhança, que não admitia gritos e que mandava à nossa chefe – minha mãe – bilhetes pedindo silêncio, muito silêncio, pois ele precisava pintar.

Era realmente um homem esquisito; sua casa ficava noutra rua, a grande distância da nossa, que ocupava quase todo o quarteirão. Jamais poderíamos compreender que nossos gritos fossem perturbar um pintor daqueles, cuja pintura desprezávamos. (Nesse ponto posso afirmar que, apesar da idade, estávamos senhores de uma crítica segura).

As carambolas eram nossas armas, e só muito mais tarde aprendi que maduras são belas e muito agradáveis ao paladar; não conseguiam amadurecer em nossa infância, aquelas companheiras: eram indispensáveis às nossas guerras. A velha mangueira jamais nos acolheu em seus braços e hoje creio que ela fosse sombria, misteriosa, quase floresta escura. Era grande e velha, impunha respeito como se fosse nossa avó contando histórias.

O abieiro da esquerda não era de difícil ascensão; apenas dele não descortinávamos nenhuma paisagem digna de admiração. Na época das frutas, nós o freqüentávamos com fidelidade; depois, dele não precisávamos para viver. Nenhuma outra árvore trazia em si aquela simpatia, aquele afeto, aquele companheirismo da caramboleira, baixa e gorda, cheia de galhos, pejada de frutos dando para a rua, e na rua, do outro lado, Sinhazinha e seus sequilhos.

Dálias, jasmineiros, a açuceneira que foi mais tarde a minha companheira, não nos interessavam. Eram habitantes do jardim, pretensiosas, sem idade, viviam enclausuradas em seus canteiros e em suas belezas, mereciam cuidados especiais, pareciam mais para ser olhadas do que amadas. Eram arbustos...

Se tive minha infância tanta gente, se tantos personagens compõem minha vida passada, se uns foram grandes e outros menores, tive quem contasse estórias em francês e outras me ensinassem lendas, não posso esquecer, entre esses personagens, os vegetais, árvores e arbustos, frutos e flores que viveram minha primeira infância. (A açuceneira serviu depois para meus sonhos de mocinha. Perfumava todos).

É por isso que até hoje sou capaz de dizer bom dia a uma mangueira e tenho especial ternura pelos canteiros de qualquer parte do mundo.

As árvores estão acompanhando atentas minha velhice, sabem de minha meninice que está ficando cada vez mais distante, minha mocidade navegando ao longe.

Que será feito hoje da caramboleira? Teria sido cortada? Estará ainda viva? É agora uma matrona, e se ficou tão gorda quanto era no passado, pode hoje ser chamada digníssima senhora.

As árvores que encontro no meu caminho sabem, com certeza, que suas irmãs foram minhas irmãs de travessuras. Sabem e é por isso que aceitam, comovidas, o meu amor.

O Grito - de Edvard Munch


sábado, 10 de janeiro de 2009

Convidados

Abaixo, alguns nomes de estudiosos, especialistas e políticos que participarão dos debates do Fórum Social Mundial em Belém:

Emir Sader é cientista político, escritor e membro do Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais (Clacso).

Paul Ismael Singer é economista, liderança sindical, um dos fundadores do PT e da Secretaria Nacional da Economia Solidária.

Carmem L. B. Fusco é feminista, médica, coordena projeto de prevenção de Aids em favelas.

Lydia Guevara é jurista cubana do trabalho e seguridade social.

Chico Whitaker é um dos idealizadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e dos iniciadores do FSM.

Eric Toussaint é presidente do Comitê pelo Cancelamento da Dívida do Terceiro Mundo (CADTM) da Bélgica e autor de 'As finanças contra os povos'.

Márcio Pochmann é presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Jean Pierre Leroy é educador, assessor da Área de Meio Ambiente e Desenvolvimento da Fase e membro da Coordenação do Fórum Brasileiro de Organizações Não Governamentais (ONGs) e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento.

Frei Beto é da ordem dominicana e defensor da Teoria da Libertação, além de crítico da política econômica neoliberal e autor de mais de 50 livros.

Marina Silva é senadora e ex-ministra do Meio Ambiente do Brasil.

Celso Schôeder é jornalista e coordenador do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Plínio de Arruda Sampaio é intelectual socialista, militante político de esquerda e um dos idealizadores do PT.

Danielle Mitterrand é viúva do estadista francês François Mitterrand e fundadora da fundação France Libertés, de atenção às populações do chamado Terceiro Mundo.

Valorize

O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:

- Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o Senhor tão bem conhece. Poderá redigir o anúncio para o jornal?

Bilac apanhou o papel e escreveu:

"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".

Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.

- Nem pense mais nisso, disse o homem. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!

Às vezes não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás da miragem de falsos tesouros. Valorize o que tens, as pessoas, os momentos....

Mensagem de uma ex aluna da escola Florentina Damasceno

A mensagem a seguir foi enviada [por email] pela ex aluna da nossa querida Florentina Damasceno, Claudiane que atualmente reside em São Paulo. Você também pode enviar sua mensagem, sua crítica ou artigo para postagem aqui no blog. Nosso email é florentinadamasceno@gmail.com, estamos aguardando.

"Oi, meu nome é Claudiane sou ex aluna da escola Florentina. Fiquei muito feliz em ver as foto da escola e meus ex professores, estar muito lindo o trabalho.

Agora moro no estado de São Paulo na cidade Paulinia. Minha familia é da comunidade do Transcaeté. Olha, tô com saudades de todos voces. Beijos fiquem com Deus, um abraço para todos os professores e lembranças para o profº. Antonio Moura .

Tchal tudo de bom.
Claudiane Alves...."


Obrigado Claudiane, ficamos felizes pela sua mensagem e estaremos aguardando por você no nosso blog.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Utilidade Pública

01. Quando for comprar qualquer coisa não deixe de consultar o site Gastarpouco. www.gastarpouco.com
02. Serviço dos cartórios de todo o Brasil, que permite solicitar documentos via internet: www.cartorio24horas.com.br/index.php
03. Site de procura e reserva de hotéis em todo o Brasil,por cidade, por faixa de preços, reservas etc.: www.hotelinsite.com.br
04. Site que permite encontrar o transporte terrestre entre duas cidades, a transportadora, preços e horários: https://appweb.antt.gov.br/transp/secao_duas_localidades.asp'
05. Encontre a Legislação Federal e Estadual por assunto ou por número, além de súmulas dos STF, STJ e TST: www.soleis.adv.br
06. Tenha a telinha do aeroporto de sua cidade em sua casa,chegadas e partidas: www.infraero.gov.br/pls/sivnet/voo_top3v.inip_cd_aeroporto_ini=
07. Encontre a melhor operadora para utilizar em suas chamadas telefônicas: http://sistemas.anatel.gov.br/sipt/Atualizacao/Importanteaspp'
08. Encontre a melhor rota entre dois locais em uma mesma cidade ou entre duas cidades, sua distância, além de localizar a rua de sua cidade: www.mapafacil.com.br
09. Encontre o mapa da rua das cidades, além de localizar cidades: http://mapas.terra.com.br/Callejero/home.asp
10 Confira as condições das estradas do Brasil, além da distância entre as cidades: www.dnit.gov.br
11. Caso tenha seu veiculo furtado, antes mesmo de registrar ocorrência na polícia, informe neste site o furto.O comunicado às viaturas da DPRF é imediato: www..dprf.gov.br/ver.cfmlink==form_alerta
12. Tenha o catálogo telefônico do Brasil inteiro em sua casa. Procure o telefone daquele amigo que estudou contigo no colégio: www.102web.com.br
13. Confira os melhores cruzeiros,datas, duração,preços, roteiros, etc.:www.bestpricecruises.com/default.asp
14. Site de procura, semelhante ao GOOGLE: www.gurunet.com
15. Site que lhe dá as horas em qualquer lugar do mundo: www.timeticker.com/main.htm
16. Site que lhe permite fazer pesquisas dentro de livros: www.a9.com
17. Site que lhe diz tudo do Brasil desde o descobrimento por Cabral: www.historiadobrasil.com.br
18. Site que o ajuda a conjugar verbos em 102 Idiomas: www.verbix.com
19. Site de conversão de Unidades: www.webcalc.com.br/conversões/area.html
20. Site para envio de e-mails pesados, acima de 50Mb: www.dropload.com
21. Site para envio de e-mails pesados, sem limite de capacidade: www.sendthisfile.com
22. Site que calcula qualquer correção desde 1940 até hoje, informando todos os índices disponíveis no mercado financeiro.. Grátis para Pessoa Física:www.debit.com.br
23. Site que lhe permite falar e ver pela internet com outros computadores,ou LHE PERMITE FALAR DE SEU COMPUTADOR COM TELEFONES FIXOS E CELULARES EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO GRÁTIS De computador para computador, voz + imagem. De computador para telefone fixo ou celular: www.skype.com
24. Site que lhe permite ler jornais e revistas de todo o mundo. www.indkx.com/index.htm
25. Site de procura de pessoas e empresas nos EUA. Só para achar a pessoa ou a empresa com endereço e telefone - GRÁTIS. Se quiser levantamento completo de tudo o que a pessoa tem como patrimônio, tudo que teve de problema judicial e financeiro, e outras coisas mais, ai pode custar até US$80,00 com valores intermediários: www.ussearch.com/consumer/index.jsp
26 .. Site de câmaras virtuais, funcionando 24 hs por dia ao redor do mundo: www.earthcam.com