sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O Pará em discursão

Pará, o gigante engessado!
Desde o seu passado colonial, o Estado do Pará vive dilemas que sob o ponto de vista econômico, social e cultural cria um sentimento de inferioridade artificial (etnocentrismo geográfico) em relação aos demais estados brasileiros como se não fizesse parte da nação, embora tenha sido o único estado que lutou para fazer parte do Brasil no passado e na atualidade seja “o salvador da pátria” que produz e exporta riquezas para o Brasil e para o mundo.
Pobre Estado do Pará! Contemplado com uma grandiosidade de riquezas naturais que poderiam ser a redenção de seu povo, mas que por causa de certos arranjos políticos, econômicos e territoriais colocados em prática pelo próprio estado brasileiro, pelas empresas nacionais e internacionais é condenado a virar “eternamente” uma grande e pobre província/colonial do capitalismo “... por que ninguém nos leva á sério, só o nosso minério!”.
 Deslocam para cá milhares de brasileiros igualmente pobres de outras regiões atraídos pela falsa expectativa de melhorar de vida. Ignoram não por á caso, o nosso povo e a nossa valiosíssima cultura para que o saque de nossas riquezas tenha legitimidade pela omissão de nossos governantes que vez ou outra pactuam com os interesses de quem “vem de fora” ou pela incapacidade técnica de um povo com baixa instrução que consequentemente acaba não tendo consciência da sua exploração.
Os fatos desmistificam os discursos! Nossas principais riquezas geram pouco ou quase nada para o nosso Estado. Na ausência de um efetivo processo de verticalização mineral que agregaria maior valor, mais impostos, maior quantidade de mão de obra bem remunerada, exportamos produtos primários como o minério de ferro “á preço de banana” para o mundo e ainda nos orgulhamos disso.
Por causa da famigerada Lei Kandir a maioria dos produtos que exportamos não pagam impostos (ICMS), portanto não cria condições para que haja mais investimentos em saúde, educação, saneamento, estradas...Outra irracionalidade visível é a intenção do governo federal em transformar o Pará em uma grande província energética com a construção de grandes hidrelétricas como Belo Monte, um delírio, pois abastecerá prioritariamente outras regiões do país e além do mais os impostos gerados serão cobrados na fonte de consumo(Nordeste, sul e sudeste) deixando aqui somente os graves problemas ambientais e sociais espalhados nos “bolsões de miséria” criados pelos grandes projetos em suas áreas de influências.
Oh Pará! Acorda o teu povo e manda-os para as escolas a fim de que no futuro possa “salvar essa terra de ricas florestas, fecundadas ao sol do Equador...”!


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