domingo, 16 de agosto de 2009

A língua portuguesa

Este texto é dos melhores registros da língua portuguesa que tenho lido sobre a digníssima 'língua de Camões', a tal que tem fama de ser pérfida, infiel ou traiçoeira.

Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade, subiu para o palanque e começou o discurso:

- Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui, convocados, reunidos ou juntos para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual me parece transcendente, importante ou de vida ou morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou junta é a minha postulação, aspiração ou candidatura a Presidente da Câmara deste Município.

De repente, uma pessoa do público pergunta:

- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa? O candidato respondeu:

- Pois veja, meu senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui; A terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele bêbado, ali deitado na esquina.

De imediato, o bêbado levanta-se a cambalear e 'atira':

- Senhor postulante, aspirante ou candidato: o facto, circunstância ou razão pela qual me encontro num estado etílico, alcoolizado ou mamado, não implica, significa, ou quer dizer que o meu nível cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasteiro. E com toda a reverência, estima ou respeito que o senhor me merece pode ir agrupando, reunindo ou juntando os seus haveres, coisas ou bagulhos e encaminhar-se, dirigir-se ou ir direitinho à leviana da sua progenitora, à mundana da sua mãe biológica ou à pqp!

Nenhum comentário:

Postar um comentário